quarta-feira, janeiro 13, 2010

Reconheço que antes das eleições para presidente não conhecia O Cristovam Buarque. Mas votei nele no primeiro turno (depois no Lula), porque o cara sempre pareceu o mais consciente. Ele luta pela educação...e tudo depende disso...Com educação é possível resolver muitos todos problemas do mundo.
Não sei de quando é o texto a seguir...esbarrei nele sem querer no FW..então ai vai:

Em um debate em uma Universidade Americana, o ex Ministro da Educação e atual Senador Cristóvam Buarque foi questionado por estudantes americanos do que ele pensava sobre a internacionalização da Floresta Amazônica.

Ele deu uma resposta categórica, que de forma muito educada conseguiu humilhar todos os exploradores que pensam em tomar de nós a Floresta Amazônica e dela usurpar tudo o que há.

Veja abaixo a resposta de Cristóvam Buarque à pergunta do estudante que o indagou o que ele pensava como humanista sobre a internacionalização da floresta amazônica:

“De fato como brasileiro, eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tenha importância para a humanidade. Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem estar da humanidade quanto a Amazônia para nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar este patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, ser manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou país. Não faz muito um milionário Japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disto, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos nas fronteiras dos Estados Unidos. Por isso, eu acho que Nova York, como sede nas Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda humanidade. Assim como Paris, Roma, Veneza, Rio de Janeiro, Brasília, Recife. Cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. Se os Estados Unidos querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos Estados Unidos. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Defendo a intenção de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando esta dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de comer e ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Como humanista… Aceito defender a internacionalização do mundo. Mas enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa !”

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