🌊 “Fiquei sozinho. Mas dessa vez, não me senti só.”
Depois de um término em 2017,
nada parecia estar no lugar certo.
📎 Móveis internos desalinhados.
Planos fora de foco.
Afeto em modo suspenso.
Foi quando uma amiga —
ex-namorada, aliada improvável,
dessas que o tempo reconstrói com mais afeto do que qualquer romance —
disse:
📎 “Vai pra uma praia. Mas vai pra uma que tenha o silêncio certo.”
🧳 Então eu fui
📎 Nada de agito.
📎 Nada de selfie.
📎 Um hotel com areia na porta.
📎 Um mar bravo demais pra banhistas.
📎 E cinco dias com mais vento do que palavras.
Sozinho. Mas, pela primeira vez em muito tempo, acompanhado de mim mesmo.
🧘♂️ Isolamento não é solidão
📎 Isolamento é ausência de estímulo externo.
📎 Solidão é ausência de sentido, mesmo quando se está cercado.
Naquele cenário —
sem música, sem conversas, sem sinal de celular confiável —
comecei a escutar outra frequência:
📎 a minha.
🌫️ O silêncio certo não é vazio. É resgate.
📎 É o tipo de silêncio que não ecoa angústia.
Mas traz paz.
📎 Que não te paralisa.
Mas te reorganiza.
📎 Um silêncio que limpa.
Não pra apagar o que passou —
mas pra te lembrar de onde você ainda está.
🌊 O mar revolto também cura
📎 Aquelas ondas que ninguém ousava enfrentar eram exatamente o que eu precisava.
Um cenário indomável.
Um mundo que não me pedia esforço —
só presença.
📎 Porque às vezes, o que mais cansa…
é tentar controlar tudo.
🗺️ Isolar-se com direção é diferente de fugir
Fugir é não querer encarar.
Isolar-se pode ser o oposto:
📎 é buscar um espaço onde tudo fica mais nítido.
Onde os ruídos cessam — e você pode, enfim, ouvir o que ainda sente.
📎 Na praia, não reencontrei respostas.
Mas encontrei espaço pra perguntar com calma.
💬 Voltei outra pessoa? Talvez.
Ou talvez tenha voltado mais eu.
📎 Porque ficar sozinho, às vezes, é o único jeito de
se lembrar de quem você é
quando não precisa ser nada pra ninguém.
🌅 A diferença entre se isolar e se perder
pode estar em saber pra onde você está indo
quando decide ficar só.
Nenhum comentário:
Postar um comentário