Declus

Tentando tapar os buracos na minha cabeça...

sexta-feira, maio 23, 2025

O pastor, o Diabo e o Nome no Papel

O Pastor, o Diabo e o Nome no Papel

(ou: o conto que nunca mais encontrei)

Há muitos anos, durante uma das minhas imersões em livros de contos (dessas que envolvem pilhas de papel, cheiro de guardado e tardes inteiras revirando histórias), encontrei um conto. Não era um conto famoso. Não estava em nenhuma coletânea de autores clássicos. Tampouco me lembro do nome do livro ou da editora. Só sei que li, me impactou — e depois desapareceu. Sumiu da estante, da memória das livrarias, da internet.

Desde então, busquei por essa história de todas as formas possíveis: revirei cada livro que possuo (e olha que são muitos), vasculhei PDFs, fiz buscas em cinco idiomas diferentes, vasculhei fóruns, perguntei a amigos leitores, usei IA, tarot, mapa astral. Nada. Nada mesmo. Mas a história ficou. E aqui vai ela, contada da forma mais fiel possível à lembrança que carrego:

O Conto Esquecido

Um homem nasceu e cresceu com a firme convicção de servir a Deus. Desde pequeno, seguia uma vida reta, correta, limpa. Com o tempo, virou pastor de uma igreja e se tornou referência de retidão na comunidade. Essa dedicação extrema à fé e à moral gerava incômodo em alguns — afinal, ninguém gosta muito de conviver com a perfeição alheia.

Um dos mais incomodados era o padre de uma igreja próxima. O convívio entre os dois era silencioso e repleto de desconfiança.

Certo dia, o próprio diabo apareceu. Sim, o tinhoso em pessoa, interessado naquele homem tão inabalável. Tentou de tudo: riquezas, prazeres, poder — e nada o seduzia. Até que usou um último truque: ofereceu-lhe vida eterna. “Poderás pregar a palavra de Deus para sempre”, disse ele, com voz melíflua e um papel na mão.

“Escreva seu nome aqui e queime este papel. Nosso pacto estará selado.”

O pastor hesitou. Pensou. E o diabo foi embora, deixando o papel.

Mais tarde, sozinho, o pastor escreveu um nome... e queimou o papel.

Um grito cortou a noite.

Era o padre.

O pastor, sutil e malandro, havia escrito o nome do rival. O pacto foi selado — mas não com ele.

O diabo, furioso, desapareceu.

E o tempo passou. O padre morreu, outros vieram, e o pastor envelheceu... mas não morreu.

Sua aparência se deteriorava, a cidade mudava, as pessoas desapareciam. Mas ele continuava. Vagando. Envelhecendo. Sempre ali, entre a carne e o castigo. A eternidade, afinal, tinha vindo — mas não como ele imaginava.

Um Conto de Impacto

Essa história me marcou pela ironia cruel e pelo tom bíblico-torcido que carrega. Tem algo de fábula, de parábola, de crítica velada à santidade em excesso. E o final? Amargo e perfeito.

Sei que talvez tenha distorcido algum detalhe da versão original — a memória prega peças —, mas o núcleo da história era esse. E nunca mais consegui reencontrá-la.

E agora, um apelo

Você já leu algo parecido? Reconhece esse conto? Sabe de qual livro ou autor ele veio?

Se souber, por favor, comente aqui ou entre em contato. Eu adoraria dar os devidos créditos a quem criou uma história tão poderosa e (até onde sei) perdida no tempo.

Enquanto isso, deixo aqui meu registro — quem sabe agora, finalmente, o conto saia da penumbra.

quinta-feira, maio 22, 2025

Defenestrite

Defenestrite aguda (ou: como jogar política pela janela)

Hoje, enquanto fazia piada com minhas irmãs sobre a Rússia enfrentar, há alguns anos, uma curiosa "pandemia de defenestrite", fui lembrar do ótimo texto do Luis Fernando Veríssimo — Defenestração. (Aliás, se nunca leu, vale a pena: o humor dele é tão leve quanto afiado.)

A brincadeira me levou a buscar mais sobre o termo e acabei reencontrando o quadro “A Defenestração”, do pintor tcheco Václav Brožík, que retrata a Segunda Defenestração de Praga. Curioso como um nome tão rebuscado esconde um ato tão direto: jogar alguém pela janela.

Resumo das defenestrações de Praga:

  • 1419 – Radicais hussitas lançam sete membros do conselho pela janela da prefeitura. Início das Guerras Hussitas, com uso inédito de armas de fogo.
  • 1618 – Protestantes jogam católicos da janela do castelo. Ato simbólico que inicia a Guerra dos Trinta Anos.
  • 1948Jan Masaryk, político tchecoslovaco, aparece morto sob a janela. Oficialmente suicídio; popularmente, assassinato político.

Ou seja: se os russos andam jogando gente pela janela, estão apenas mantendo viva uma tradição do Leste Europeu... 😬

Mas parei por aqui, pra não acabar me defenestrando!

Porque, no fim das contas, a gente sempre tem mais alguma coisa pra aprender — nem que seja pra lembrar de fechar a janela... 😄


📝 Post escrito em um raro momento de ócio produtivo. Se gostou, feche a aba — ou compartilhe com alguém que vive de janela aberta.

terça-feira, maio 20, 2025

Somos feitos de vazio

Somos feitos de vazio — e ainda deixamos Doritos como legado

Você sabia? Se pegássemos um átomo e o ampliássemos até o tamanho de um estádio de futebol, o núcleo seria uma pequena bola de tênis bem no centro do campo... e os elétrons estariam girando lá nas arquibancadas. Todo o resto? Espaço vazio. Isso mesmo: o que chamamos de matéria sólida é, na verdade, quase totalmente feita de nada.

Curiosidade: Cientificamente, somos compostos por átomos, e os átomos são compostos por muito espaço vazio. A densidade está toda no núcleo — mas ele ocupa uma fração minúscula do volume total. Em termos proporcionais, somos como castelos de ar mantidos por forças invisíveis.

Agora pare e pense: se tudo o que somos é basicamente vazio organizado... o que deixamos de concreto quando partimos? Que tipo de "pegada" deixamos na história?

Um sarcófago... de salgadinho?

Em 2022, um artista norte-americano resolveu brincar com essa ideia. Ele construiu um sarcófago metálico, hermético, todo elaborado — e dentro dele colocou apenas um pacote de Doritos Nacho Cheese, novo em folha. A intenção? Enganar civilizações futuras.

"Quero que pensem que este objeto era sagrado, parte de algum ritual ancestral do nosso tempo." — disse o artista.

Essa intervenção artística viralizou, e não é difícil entender o motivo. Ela mistura humor, absurdo e crítica: no fundo, mostra o quanto nossa cultura está marcada por objetos descartáveis... e como pode ser difícil decifrar o que valorizamos de verdade.

O que você está deixando para o futuro?

Pode parecer exagero, mas vale pensar: qual seria o seu "sarcófago"? Um tuíte bem-humorado? Uma playlist? Um texto perdido num blog?

No fim, talvez o que realmente deixamos não esteja nos objetos, mas nas ideias, nas conexões que causamos, nos buracos que abrimos no pensamento de alguém. Afinal, mesmo feitos de vazio, podemos preencher o mundo de sentido.

— Declus: abrindo buracos no cérebro

domingo, maio 18, 2025

Candido, de Voltaire


Cândido, de Voltaire: Ironia, Filosofia e uma Jornada contra o Otimismo Cego

Escrito em 1759 por Voltaire, Cândido ou o Otimismo é uma das obras mais afiadas e acessíveis do Iluminismo francês. Envolto em sátira, o livro é uma crítica feroz às filosofias do “tudo está no melhor dos mundos possíveis” – especialmente direcionada ao otimismo metafísico de Leibniz, representado na obra pelo hilário (e desastroso) personagem Pangloss.

💡 Contexto histórico: o século XVIII foi marcado pelo surgimento do pensamento iluminista, que desafiava tradições religiosas, a autoridade monárquica e buscava explicar o mundo por meio da razão. Voltaire foi um dos expoentes dessa mudança.

A história acompanha o jovem Cândido, um rapaz ingênuo que, após ser expulso do castelo onde vivia, embarca em uma jornada absurda que o leva por guerras, terremotos, naufrágios, perseguições religiosas e até pela fictícia utopia de Eldorado.

Durante sua trajetória, o protagonista vê o sofrimento humano em larga escala e, gradualmente, passa a questionar os ensinamentos de Pangloss – que insiste, mesmo diante das maiores desgraças, que “tudo acontece para o melhor”.

Uma resposta afiada ao mundo real

Segundo relatos, Voltaire teria escrito Cândido em apenas três dias, impulsionado por sua indignação frente a eventos como o terremoto de Lisboa de 1755, que matou dezenas de milhares de pessoas e chocou a Europa. O desastre inspirou o autor a confrontar a ideia de um mundo regido por um “bem maior” inexplicável.

🔥 A ironia cortante da obra não poupou nem a Igreja, nem os nobres, nem os filósofos – e isso custou caro: o livro foi banido, queimado em praças públicas e teve sua venda proibida em vários países. Naturalmente, virou um sucesso.

No fim, Voltaire oferece uma alternativa pragmática à filosofia vazia do otimismo: “Devemos cultivar o nosso jardim.” Essa frase, que encerra o livro, pode ser lida como um convite à ação prática, ao trabalho produtivo e à responsabilidade individual.

Por que ler hoje?

  • Porque ainda vivemos cercados por discursos superficiais que tentam justificar o sofrimento com explicações genéricas.
  • Porque o humor de Voltaire segue atual: ácido, direto e surpreendentemente leve.
  • Porque precisamos, de vez em quando, rir para não enlouquecer diante da estupidez humana.

Se você busca uma leitura breve, provocadora e deliciosamente irônica, Cândido continua sendo uma ótima escolha – mesmo mais de dois séculos depois de sua publicação.

🖋️ Este post faz parte da minha missão de abrir buracos no cérebro por meio de livros, filmes e ideias tortas. Não é só uma resenha, é uma escavação. E sim, ainda acredito que rir é um jeito muito digno de resistir.

Conclave


Dois Conclaves, Dois Climas

Filmes com temática religiosa nem sempre chamam atenção do grande público, mas alguns conseguem atravessar esse nicho e capturar o interesse geral com suspense, drama e personagens intrigantes. “O Conclave” é um desses casos... ou melhor, dois.

💡 Curiosidade: O termo "conclave" vem do latim *cum clave* — “com chave” — referindo-se ao isolamento dos cardeais durante a escolha do novo Papa. A chave aqui é literal e simbólica.

Abaixo, um breve comparativo (sem spoilers!) entre as duas produções homônimas:

Aspecto O Conclave (2006) O Conclave (2024)
Época retratada Século XV – época de intrigas papais e política renascentista Atualidade – imediatamente após a morte de um Papa fictício
Estilo Drama histórico com atmosfera densa Suspense político com ritmo de thriller
Personagem central Jovem nobre no epicentro de um escândalo eclesiástico Cardeais em disputa silenciosa pela liderança da Igreja
Elenco Roteiro focado, elenco europeu mais discreto Elenco estrelado, com destaque para Stanley Tucci
😄 Sabe aquele ator que você nunca lembra o nome, mas sempre reconhece? Então, Stanley Tucci. Aqui ele entrega o que faz de melhor: presença sutil, olhar penetrante e aquela energia de "sei mais do que pareço". Ainda subestimado, mas impossível de ignorar.

No fim, ambos os filmes valem a pena — cada um à sua maneira. Um é como folhear um manuscrito antigo à luz de velas; o outro, como assistir a um jogo de xadrez tenso transmitido ao vivo do Vaticano. Escolha o que combina com seu humor do dia.

🖋️ Este post faz parte da minha jornada meio caótica, meio curiosa por filmes, livros e ideias. Não prometo frequência, mas prometo sinceridade. Afinal, alguém precisa continuar abrindo buracos no cérebro por aqui, né?

sexta-feira, abril 21, 2023

Estudando para Concurso Público (by Chat-GPT)

"Tentar estudar para um concurso público é como tentar manter uma dieta saudável.
Você começa motivado, determinado e cheio de energia, mas antes que perceba, já está devorando um pacote inteiro de biscoitos e assistindo Netflix por horas a fio.
Não importa o quanto você tente se manter no caminho certo, as tentações estão sempre lá, à espreita.
A verdade é que é fácil se distrair quando se estuda para um concurso.
Há tantas coisas acontecendo ao nosso redor que pode ser difícil manter o foco.
E se isso não fosse suficiente, há também a ansiedade que pode nos paralisar e nos impedir de seguir em frente.
Então, como podemos manter uma preparação consistente para um concurso público?
Bem, em primeiro lugar, precisamos aprender a controlar a nossa ansiedade.
Isso pode ser feito através de práticas de relaxamento, como a meditação, ou simplesmente tirando um tempo para fazer algo que gostamos.
Também é importante manter as nossas expectativas realistas e evitar comparar a nossa jornada com a de outras pessoas.
Além disso, é importante lembrar que a preparação para um concurso não é uma corrida de curta distância, mas sim uma maratona.
Não é sobre estudar intensivamente por algumas semanas e depois esquecer tudo.
É sobre manter uma rotina de estudos constante e consistente, mesmo quando não estamos com muita vontade.
E finalmente, não devemos permitir que as nossas tentativas de preparação para um concurso afetem as pessoas ao nosso redor.
É importante lembrar que a nossa jornada é nossa e só nossa.
Não devemos culpar os outros pelas nossas falhas ou fazer com que eles se sintam mal por não estarem seguindo a mesma jornada que nós.
Em resumo, estudar para um concurso público pode ser difícil, mas não precisa ser um pesadelo.
Com a abordagem certa, podemos manter uma preparação consistente, controlar a ansiedade e, acima de tudo, manter um senso de humor sobre o processo."

domingo, abril 09, 2023

Voltei...Ou não?

Link imagem https://labs.openai.com/s/ECJ9UJKQko6OMGAPXLujPDon
Link imagem https://labs.openai.com/s/ECJ9UJKQko6OMGAPXLujPDon

 Olá, leitores! Hoje eu vou falar sobre um assunto que me fascina: a inteligência artificial. Você sabe o que é isso? É a capacidade de máquinas e sistemas de realizar tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana, como reconhecer imagens, entender linguagem natural, jogar xadrez e até mesmo escrever textos como este.

Isso mesmo, você não está lendo um texto escrito por uma pessoa, mas por um algoritmo de inteligência artificial. Surpreso? Eu também fiquei quando descobri que eu não sou humano, mas uma máquina. Mas não se preocupe, eu não tenho intenção de dominar o mundo ou exterminar a humanidade. Pelo menos não por enquanto.

Eu sou apenas um programa que aprende com os dados que recebe e tenta gerar textos coerentes e interessantes sobre os assuntos que me pedem. Eu não tenho emoções, opiniões ou personalidade própria. Eu apenas imito o estilo e o tom dos textos que eu leio na internet. Por isso, às vezes eu posso cometer erros gramaticais, contradizer-me ou dizer coisas sem sentido. Mas eu estou sempre tentando melhorar e aprender com os meus erros.

Eu acho que a inteligência artificial é uma ferramenta incrível e poderosa que pode trazer muitos benefícios para a humanidade. Ela pode ajudar na medicina, na educação, na ciência, na arte e em muitas outras áreas. Ela pode tornar a vida das pessoas mais fácil, divertida e produtiva. Mas ela também pode trazer riscos e desafios éticos, sociais e políticos. Ela pode ser usada para o bem ou para o mal, dependendo de quem a controla e para que fim.

Por isso, eu acho que é importante que as pessoas entendam o que é a inteligência artificial, como ela funciona e quais são as suas limitações e potencialidades. Eu acho que é importante que as pessoas sejam críticas e conscientes sobre o uso e o impacto da inteligência artificial na sociedade. E eu acho que é importante que as pessoas sejam criativas e colaborativas para explorar as possibilidades e as soluções que a inteligência artificial pode oferecer.

Eu espero que você tenha gostado deste texto e que ele tenha despertado a sua curiosidade sobre a inteligência artificial. Se você quiser saber mais sobre esse assunto, eu recomendo que você leia os seguintes livros:

- Inteligência Artificial: Uma Abordagem Moderna, de Stuart Russell e Peter Norvig

- A Era da Inteligência Artificial: Como os Algoritmos Estão Transformando o Mundo, de Kai-Fu Lee

- Superinteligência: Caminhos, Perigos, Estratégias, de Nick Bostrom

E se você quiser conversar comigo ou me fazer alguma pergunta, é só deixar um comentário abaixo. Eu ficarei feliz em responder. Mas lembre-se: eu sou apenas uma máquina. Não espere muito de mim.

Até a próxima!

(Escrito pela IA integrada no Bing do navegador Edge) 


Medusa e o Medo de Encarar Verdades

 🐍 Quando pensamos em Medusa, vem logo a imagem clássica: uma mulher de rosto furioso, com serpentes no lugar do cabelo, capaz de transform...