Declus

Tentando tapar os buracos na minha cabeça...

quinta-feira, junho 26, 2025

A Segunda Guerra dos Livros

 

🧙‍♂️🦁 Um anel que precisa ser destruído.
Um armário que leva a outro mundo.
Duas obras, dois autores, dois universos — e uma amizade com rugas.

📖 J.R.R. Tolkien e C.S. Lewis foram muito mais que colegas de escrita. Foram companheiros de ideias, crítica mútua, debates acalorados e, por fim, amigos que discordavam com elegância e afeto.
Durante anos, se reuniram no pub The Eagle and Child, em Oxford, junto com outros escritores do grupo informal “The Inklings”. Lá discutiam rascunhos, mundos imaginários e questões de fé com cerveja na mão e um vocabulário que faria dragões se sentirem acanhados.


📚 Fantasia, fé e farpas brandas

Tolkien era católico fervoroso, perfeccionista, obcecado por mitologias linguísticas. Lewis, por sua vez, era anglicano, mais direto e mais didático — seus livros são quase alegorias espirituais disfarçadas de aventura.
E isso gerava tensão.
Tolkien achava que As Crônicas de Nárnia misturavam demais — Papai Noel com faunos? Hércules com Aslan?
Lewis achava O Senhor dos Anéis lento, simbólico demais, e com personagens que demoravam páginas para tomar uma decisão.

💡 Mas mesmo com essas críticas, eles se admiravam.
A fantasia era um território comum — mas com mapas distintos.
E nessa divergência respeitosa, quem ganhou fomos nós: leitores sedentos por mundos onde o impossível faz mais sentido que o noticiário.


🧠 Além da ficção, um debate de visão de mundo

Lewis acreditava em fantasia como veículo moral.
Tolkien via na fantasia um escape necessário para preservar a verdade sem didatismo.
Um queria ensinar sem parecer professor.
O outro queria encantar sem parecer pregador.

⚔️ E assim se travava a Segunda Guerra dos Livros:
Não havia trincheiras, mas mesas de madeira.
Não havia espadas, mas canetas.
Não havia sangue, mas rabiscos.
E cada capítulo escrito era uma investida silenciosa no território da imaginação.


💬 E se amizade fosse isso?

Discordar sem romper.
Criticar sem humilhar.
Seguir caminhos diferentes, mas ainda desejar o bem.

Tolkien e Lewis acabaram se afastando com o tempo — nada dramático, apenas o silêncio que cresce entre pessoas que um dia estiveram muito próximas.
Mas os ecos dessa convivência ainda estão nos livros.
Na coragem que ambos tiveram de inventar mundos em que a magia serve àquilo que mais nos falta: esperança.


🧩 Ler é entrar na guerra — e sair inteiro

A rivalidade criativa entre Tolkien e Lewis não gerou ressentimentos, mas legados.
Legados de papel, mitos e personagens que habitam a nossa imaginação mesmo depois de tantas décadas.
Eles nos lembram que ideias opostas podem coexistir.
E que a melhor batalha é aquela onde todos saem ganhando — em páginas.

quarta-feira, junho 25, 2025

Eco e Narciso no Instagram

 📱 Ela queria ser ouvida.

Ele, admirado.
Eco e Narciso continuam entre nós — agora com Wi-Fi, câmera frontal e filtro Valência.

📖 No mito original, Eco é uma ninfa condenada a apenas repetir as palavras dos outros. Sem voz própria. Sem resposta. Apaixona-se por Narciso, o belo jovem que só tem olhos para si mesmo — literalmente. Encantado com seu reflexo na água, ele não percebe ninguém ao redor. Nem a dor, nem o amor de Eco.
O desfecho, como sabemos, é trágico para ambos.
Mas parece mais atual do que nunca.


📸 A tragédia virou interface

Hoje, Eco grita nas redes: em comentários ignorados, áudios não respondidos, postagens que ninguém escuta de verdade. Fala, fala, fala — mas só encontra o eco do próprio feed.

Narciso, por sua vez, posta.
Reposta.
Analisa ângulos.
Corrige imperfeições com filtro e contraste.
Não quer ser apenas visto — quer ser idealizado.
E o espelho d’água virou tela de vidro.

🧠 Não é preciso muito para perceber: estamos cercados de Ecos tentando se conectar e de Narcisos tentando se admirar — mas todos em bolhas que raramente se tocam.


🔍 Mas e se Eco tivesse um perfil verificado?

Talvez Eco ganhasse seguidores, virasse tendência.
Mas será que alguém a escutaria de verdade?
Ouvir exige pausa.
E a atenção — esse bem escasso da era digital — anda sempre comprometida com o próximo story.

💡 O problema não é postar.
Nem se gostar.
O problema é quando tudo se torna reflexo — e nada mais é contato.


🧩 Narciso nunca quis se conhecer. Quis se admirar.

Há uma diferença entre autoconhecimento e autoimagem.
E o Instagram (ou qualquer rede) pode ser espaço para ambos — ou para nenhum.
Depende de como usamos.
De quanto tempo passamos olhando… sem enxergar.

🪞Quando só vemos nossa própria imagem, esquecemos que o outro existe.
Quando só falamos, esquecemos que o silêncio também comunica.
E quando tudo vira performance, o afeto vira platéia.


📎 A mitologia nunca sai de moda. Só troca o filtro.

Eco ainda quer ser ouvida.
Narciso ainda se encanta com o próprio reflexo.
E nós, espectadores e protagonistas ao mesmo tempo, seguimos tentando nos equilibrar entre o desejo de ser vistos e a vontade genuína de ver.

🌿 Talvez o desafio seja esse:
ser menos Eco, menos Narciso — e mais humano.
Escutar com presença.
Se mostrar com verdade.
E lembrar que, no fim das contas, a água do mito ainda reflete o que somos… com ou sem curtidas.

terça-feira, junho 24, 2025

Quando Darwin Duvidou de Si Mesmo

🧬 Charles Darwin é lembrado como o gênio por trás da teoria da evolução, o homem que desafiou dogmas e transformou para sempre a forma como entendemos a vida.

Mas nem ele escapou da dúvida.

📜 Em suas cartas e diários, encontramos não apenas convicções, mas também hesitação, receio, autoquestionamento. Darwin não era uma máquina de certezas. Era um observador — e como todo bom observador, sabia o peso de não ter todas as respostas.

📖 Entre o Beagle e A Origem das Espécies, Darwin se angustiava com o impacto das próprias ideias. Sabia que, ao dizer que os seres vivos evoluem por seleção natural, estaria mexendo com estruturas profundas da sociedade, da religião, da moral. E isso, por vezes, o paralisava.


🧠 O pensador que tremia com suas próprias ideias

Darwin levou mais de 20 anos para publicar sua teoria.
Não por vaidade, mas por cautela.
Temia ser mal interpretado.
Temia estar errado.
Temia, inclusive, destruir aquilo que não queria atacar.

💬 Em uma carta a um amigo, escreveu:
"Sinto como se estivesse confessando um assassinato."
Era assim que ele via sua obra: não como triunfo, mas como ruptura dolorosa.


🌿 E se ele estivesse errado?

Darwin duvidava da própria teoria da hereditariedade.
Duvidava de algumas lacunas da seleção natural.
E sempre manteve a pergunta aberta: “E se houver algo que não vi?”

Mas isso não o impediu de seguir. Porque, para ele, a dúvida não era o fim da linha — era o combustível para continuar investigando.
Em um tempo em que muita gente fingia ter todas as respostas, ele teve a coragem de conviver com as perguntas.


💡 A ciência também tem medo. E é aí que ela cresce.

Darwin nos ensina que duvidar não é falhar.
Que hesitar não é fraqueza.
Que mesmo os maiores nomes da ciência precisam dormir com a incerteza debaixo do travesseiro.

E é justamente essa honestidade — essa transparência diante do abismo — que torna sua trajetória tão humana.


🪞 E nós, o que fazemos com nossas dúvidas?

Talvez este post seja um lembrete: você não precisa saber tudo.
Nem sempre terá certeza.
E isso não te faz menor — talvez, até o contrário.

Porque é aí que a reflexão começa.
Onde o ego dá espaço para a humildade.
E onde, como Darwin, a gente entende que o mundo não precisa de gênios inabaláveis — precisa de pessoas dispostas a pensar com cuidado.


📎 Charles Darwin mudou o mundo não só porque teve uma grande ideia.
Mas porque teve coragem de sustentá-la — mesmo tremendo.
E talvez, só talvez, seja isso o que a verdadeira inteligência exige:
continuar pensando mesmo quando a cabeça balança.

segunda-feira, junho 23, 2025

Sísifo e o Excel que Nunca Salva

 

🗿 Sísifo empurrava uma pedra. Nós empurramos planilhas.

É isso. O herói trágico da mitologia grega foi condenado pelos deuses a rolar uma rocha morro acima, só para vê-la descer novamente.
Nós, modernos, temos o Excel.
E o botão “Salvar” — que, quando falha, faz a pedra cair mais rápido do que Zeus consegue lançar um raio.

📊 A cada manhã, abrimos a mesma planilha.
Corrigimos fórmulas, alinhamos colunas, cruzamos dados. O cursor pisca como quem zomba da nossa fé em que “dessa vez vai”.
Mas aí…
A célula trava.
A função quebra.
O sistema atualiza.
O chefe pergunta pela aba que você não renomeou.
E a pedra, é claro, rola ladeira abaixo.


🧠 Camus entenderia perfeitamente

O filósofo Albert Camus escreveu um ensaio belíssimo chamado O Mito de Sísifo, onde diz que o esforço repetido do personagem não é apenas castigo — é também condição. Que há dignidade em continuar mesmo sabendo que o topo nunca será final.
Talvez ele só não conhecesse o botão de mesclar células.

💡 O Excel, como a montanha de Sísifo, não perdoa distrações.
Esqueceu de travar uma linha? Tudo desalinha.
Errou uma vírgula? REF!
Foi tomar um café antes de salvar? Adeus manhã inteira.


🧾 Mas tem algo de heróico nisso, não tem?

Organizar a vida — ou pelo menos tentar — em meio a prazos, notificações, metas e tabelas é, no fundo, uma forma de dizer: “Eu ainda acredito no controle.” Mesmo que seja ilusório.
Mesmo que tudo despenque às 15h47 da sexta-feira.

🔄 Porque sempre recomeçamos.
Abrimos uma nova aba.
Copiamos do backup.
Aprendemos que VLOOKUP é uma armadilha e que o PROCV não é tão confiável quanto parece.
E seguimos. Empurrando. Linha por linha.


🧩 Talvez o sentido esteja mesmo no gesto

Não vamos escapar da rotina.
Mas podemos reinventá-la.
Talvez o castigo vire ofício.
Talvez o ofício, com tempo e café, vire rito.
E o rito, ainda que cansativo, nos devolva algum senso de estrutura.

Porque mesmo sabendo que a pedra vai cair, a gente sobe.
Porque, no fundo, queremos pertencer a algo que pareça funcionar.
Nem que seja uma planilha com as cores todas combinando.


📎 E se um dia der certo?
Se a fórmula fechar?
Se a célula mostrar exatamente o que deveria?
Talvez seja só por um instante.
Mas vai ser nosso instante no topo.

domingo, junho 22, 2025

O Enigma de Fermat e a Margem Estreita

 

📜 “Tenho uma demonstração maravilhosa para este teorema, mas esta margem é pequena demais para contê-la.”

Foi só isso. Uma anotação na lateral de um livro. Curta, quase casual. Mas o suficiente para provocar um terremoto matemático que duraria mais de três séculos.

🧠 O autor era Pierre de Fermat, jurista francês do século XVII e matemático amador — no melhor sentido possível. O teorema que ele propôs era elegante: não existem três números inteiros positivos a, b e c que satisfazem a equação aⁿ + bⁿ = cⁿ para qualquer n maior que 2.
Simples de entender. Difícil de provar.
E aí começa a obsessão.


🔍 Um rabisco que virou desafio global

O que começou como uma frase escrita na borda de um livro virou a obsessão de gerações de matemáticos. Tentativas e mais tentativas de provar o tal “último teorema de Fermat” ocuparam séculos. Nenhuma solução. Nenhuma margem suficiente.

Mais do que um enigma técnico, o teorema virou símbolo. De vaidade. De persistência. De genialidade não concluída.
E, curiosamente, isso o tornou ainda mais irresistível.

📚 A busca atravessou eras, ganhou prêmios, causou colapsos nervosos e até virou minissérie na BBC. O fascínio não estava apenas na solução — mas no eco daquela frase misteriosa. Que tipo de mente escreve algo assim, e depois nunca mais explica?


🎓 O dia em que o silêncio foi quebrado

Em 1994, o matemático inglês Andrew Wiles apresentou uma prova válida. Após anos trabalhando secretamente em seu escritório, longe dos holofotes, ele resolveu o problema — com a ajuda de ferramentas matemáticas que nem existiam na época de Fermat.

Foi uma vitória científica, mas também emocional. Wiles chorou ao anunciar. E muitos choraram com ele. Porque aquela margem finalmente se alargara — não na página, mas no tempo.


💡 Por que isso ainda nos toca?

A maioria de nós não entende a prova. Nem precisa. O que fascina é a história por trás dela: um desafio aparentemente inútil que atravessa gerações. Uma busca movida por paixão, não por aplicação prática.

Porque, no fundo, quem nunca escreveu algo à margem?
Quem nunca deixou um plano incompleto, um sonho pela metade, um “tenho algo aqui, mas agora não dá”?

🪶 O enigma de Fermat é o espelho das nossas próprias tentativas.
Nossos rascunhos. Nossos projetos encostados.
Nossos brilhos breves interrompidos pela falta de tempo, espaço — ou coragem.


📎 A beleza do impossível

Existe algo de bonito em perseguir uma ideia, mesmo sem garantia de chegar a algum lugar. Em tentar preencher a margem que parece estreita demais. Em continuar — não porque é útil, mas porque é nosso.

Talvez a margem nunca seja grande o suficiente. Mas escrever ali já é, por si só, um ato de esperança.

sábado, junho 21, 2025

Sartre, aniversários e a dedicatória esquecida de 2007

 📅 21 de junho

No mesmo dia em que vim ao mundo, nasceu também Jean-Paul Sartre.
É possível — e provável — que essa seja a única coincidência relevante entre nós. Mas já é algo.
Ele, filósofo existencialista que escreveu para provocar, pensar e transformar.
Eu, um curioso que insiste em sublinhar livros, colecionar perguntas e escrever posts em datas simbólicas.

Hoje, no dia em que celebro mais um ano, decidi revisitar Sartre — não só pelo calendário, mas por aquele tipo de sincronia secreta que às vezes acontece entre a vida e os livros. E talvez também por uma dedicatória esquecida.


📚 Filósofo, escritor, dissidente — e relutante celebridade
Sartre não aceitava rótulos fáceis.
Se recusou ao Nobel de Literatura (“nenhum homem merece ser transformado em instituição viva”), escreveu peças, romances e tratados filosóficos — sempre tentando dissolver as barreiras entre teoria e prática, entre liberdade e responsabilidade.
Sua vida foi feita de escolhas radicais: recusou cátedras, preferiu panfletos à fama e viveu um amor livre (e controverso) com Simone de Beauvoir, sua parceira intelectual e afetiva.

Ler O Ser e o Nada exige fôlego. Ler A Náusea exige estômago. Mas há algo em Sartre que recompensa: ele não promete respostas — só o direito de fazer as perguntas certas.


📝 Aline, 2007, e um livro que esperava por mim
Há alguns anos, encontrei um exemplar usado de Entre Quatro Paredes, peça curta e brutal, que termina com a frase: “O inferno são os outros.”
Na primeira página, uma dedicatória:
“Para você, Aline. Que esses personagens te façam pensar. 06.2007”
A letra, torta. A tinta, já quase apagada.
E Aline, ao que tudo indica, se desfez do presente — ou o esqueceu em alguma mudança.

Hoje, esse livro está na minha estante.
E mesmo sem saber quem o escreveu, nem por que Aline o deixou, sinto que carrego uma espécie de missão: dar continuidade ao gesto interrompido. Ler o que foi oferecido. E passar adiante o que valer a pena.


🎂 O que fazer com o que a vida fez de nós?
Sartre acreditava que a existência precede a essência.
Que somos o que escolhemos ser — apesar do mundo, apesar dos outros, apesar de nós mesmos.
No dia do meu aniversário, essa ideia ressoa com força: não é sobre o que me aconteceu, mas sobre o que eu farei disso daqui em diante.

E por isso encerro com uma das frases que mais me acompanham:

"Não importa o que a vida fez de você, mas o que você faz com o que a vida fez de você."

Que ela sirva de presente.
Para mim, por estar aqui.
Para você, que me lê.
E para Aline — onde quer que esteja.

sexta-feira, junho 20, 2025

O Cordeiro: o evangelho irreverente (e comovente) de Biff

 

🐑 “Este é o evangelho segundo Biff, o melhor amigo de infância de Jesus.”

É assim que começa O Cordeiro, de Christopher Moore — e é nesse tom que ele segue: espirituoso, ousado, desconcertantemente comovente. Um livro que poderia ser apenas uma paródia, mas que é, na verdade, uma das homenagens mais sensíveis (e engraçadas) já feitas ao lado humano de uma figura sagrada.


👬 Jesus e Biff: uma amizade de carne e alma
Na narrativa, Levi — apelidado de Biff — é o amigo meio encrenqueiro, meio filósofo de rua, que acompanhou o Messias desde a infância. Enquanto Jesus (a quem Biff chama de Josh) tenta entender sua missão, Biff é quem questiona, provoca, reclama… e o segue mesmo quando não entende nada.
Eles viajam juntos pela Índia, China e Himalaias, aprendem com monges, magos, mercadores, prostitutas e um yeti. Isso mesmo: um yeti. Porque neste evangelho, o divino e o absurdo caminham lado a lado — e é justamente aí que está sua beleza.


📖 Rir sem blasfemar, sentir sem pregar
Moore não tenta “reescrever a Bíblia”. Ele imagina o que poderia ter havido nos anos em que os evangelhos oficiais silenciam. O faz com respeito e irreverência, ironia e ternura. Há piadas com anjos viciados em sabão, mas também reflexões sobre compaixão, escolhas difíceis e a solidão do sagrado.
O humor não zomba da fé — apenas ilumina seus cantos escuros com um candelabro de sarcasmo amoroso. O riso que Moore provoca não desvia da cruz: apenas lembra que, antes dela, houve abraços, tropeços e olhares perdidos em busca de sentido.


🙏 Entre o sagrado e o profano, um abraço possível
O livro é uma aula de equilíbrio. Consegue colocar no mesmo parágrafo uma piada sobre romanos e uma meditação sobre sacrifício. Não oferece dogmas nem pretensões teológicas — apenas uma história sobre amizade, busca e humanidade.
E talvez, no fundo, seja isso que um “evangelho” sempre tentou ser: uma boa nova. Mesmo que contada por Biff, o amigo boca suja e leal até o fim.


🎁 Por que ler “O Cordeiro” na véspera de fazer mais um ano de vida
Porque é uma lembrança de que crescer (ou envelhecer) não precisa ser sisudo. Que fé pode rimar com humor. Que reverência não exclui liberdade. E que é possível rir das nossas dúvidas sem perder o respeito por quem tenta respondê-las com amor.
Porque às vezes a maturidade chega junto com a gargalhada de um anjo que derrubou o shampoo no Céu.

A Segunda Guerra dos Livros

  🧙‍♂️🦁 Um anel que precisa ser destruído. Um armário que leva a outro mundo. Duas obras, dois autores, dois universos — e uma amizade c...