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sábado, agosto 16, 2025

📌 Post Extra — Ilusão de Ética

 
Vivemos na era do dualismo de bolso.

Calma: não é uma referência direta ao ex-presidente (embora os mais incautos possam até achar que sim… e talvez não estejam tão errados). É o dualismo reduzido, simplificado, que cabe numa caixinha de rede social: certo x errado, bem x mal, nós x eles. O maniqueísmo atualizado para tempos de memes e threads.

Dentro desse tabuleiro simplificado, cada lado se convence de que busca o “melhor”.
Mas o melhor para quem? Para si? Para o grupo? Para a humanidade?
O problema é que, quase sempre, o “melhor” vem com nota de rodapé: vale enquanto não atrapalhar o meu conforto pessoal.

É aí que entra a tal ilusão de ética.
Um verniz que nos faz acreditar que nossas escolhas são justas, éticas, corretas… até o momento em que percebemos que alguém ficou pelo caminho. E então inventamos justificativas, sofismas e boas intenções — porque ninguém gosta de se enxergar como o vilão da própria história.

Mas será que existe mesmo um caminho do meio?
Uma forma de equilibrar desejo e responsabilidade sem se tornar mártir nem predador? Talvez a resposta seja menos heroica do que parece: não se trata de salvar o mundo, mas de não destruí-lo enquanto busca o seu lugar nele.

O prazer existe — e é legítimo buscá-lo.
Mas se, para desfrutá-lo, é preciso esmagar o outro, talvez não seja prazer: seja apenas abuso com outra etiqueta.
A vida bem vivida talvez não seja um ideal ético absoluto, e sim um exercício diário de sobriedade: aproveitar sem ferir, existir sem devastar.

E isso, convenhamos, já é revolucionário o bastante.


Epígrafe
“Todo mundo é ético até descobrir que ética não paga boleto.”

Contraepígrafe
"Talvez a maior ilusão ética seja acreditar que estamos sempre do lado certo."

Errata Ética
"Ou talvez a maior ilusão seja fingir que se importa com ética quando, no fundo, só não quer parecer o vilão da história."

Nota de rodapé insolente
“A ética é linda… até esbarrar na sua conveniência.”

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