E, nesse processo, esquecemos de notar as Patys Pimentinhas que cruzam o nosso caminho. Elas não são idealizadas: reclamam, brigam, riem alto, cutucam a ferida… mas também estão ali quando você mais precisa. De um jeito torto e verdadeiro, são presença constante.
Charlie Brown sonhava com a ruiva. Mas era a Paty quem dividia o recreio, a bronca, a amizade, a mão estendida. Quantas vezes na vida não fazemos igual? Quantas vezes não corremos atrás da promessa inalcançável enquanto ignoramos a ternura que já existe ao nosso lado?
Talvez o grande segredo seja aceitar que o amor não precisa ter cara de comercial de TV. Ele pode ser feito de piadas ruins, de silêncios que não incomodam, de cumplicidade inesperada. Pode ser bagunçado, contraditório, meio implicante. Mas, ainda assim, ser amor — talvez até mais real do que qualquer idealização.
E no fundo, acho que o Charlie Brown sempre soube disso. Mesmo que continuasse olhando para longe, era na risada da Paty que ele encontrava o chão.
💭 Porque amar não é encontrar a perfeição. É perceber que o coração escolhe, às vezes sem pedir licença, justamente aquela pessoa que a gente nunca imaginou — mas que, de repente, parece caber em todas as frestas da vida.
Epígrafe
“Você pegou na minha mão, Minduim! Seu capeta!” 🧡