Mark Twain talvez tenha sido o primeiro grande troll filosófico da literatura.
Autor de clássicos como As Aventuras de Tom Sawyer e As Aventuras de Huckleberry Finn, ele também foi inventor de frases que parecem ter saído de uma mesa de boteco... mas carregavam verdades desconfortáveis sobre a humanidade.
Como esta:
“Vamos agradecer aos idiotas. Não fosse por eles, não faríamos tanto sucesso.”
Humor como defesa
Twain usava humor como quem usa um escudo: para sobreviver à estupidez humana sem enlouquecer.
O sarcasmo era sua arma contra a política, a hipocrisia social e, às vezes, contra si mesmo.
Enquanto outros escritores tentavam parecer sérios e profundos, Twain fazia piada — e, assim, atingia mais fundo.
Antes do TikTok, já havia viralização
Talvez Twain nunca tenha usado TikTok (ou qualquer rede social, além da mais óbvia: o jornal),
mas ele já entendia a lógica de viralizar:
pegue uma verdade, vista com sarcasmo, e as pessoas compartilharão sem saber se riem ou se choram.
A ironia como resistência
Sua escrita prova algo que continua atual:
rir é uma forma de resistência.
Quando o mundo parece demais, uma boa piada salva a sanidade.
E Twain sabia disso — talvez por isso tenha sobrevivido às próprias perdas, falências e crises com tanta mordacidade.
Epígrafe:
“A diferença entre o homem certo e o homem errado é que o homem certo aprende com os erros dos outros.
O homem errado... se candidata.” (versão livre, com espírito de Twain)