Ele é o trapaceiro por excelência: ora salva os deuses com suas astúcias, ora coloca todos em risco com suas travessuras. É também pai (e, em um episódio nada discreto, mãe) de algumas das criaturas mais bizarras do mito: o lobo Fenrir, a serpente Jörmungandr e até Sleipnir, o cavalo de oito patas que ele mesmo pariu depois de se transformar em égua.
Loki é o deus que ri no meio da tragédia e que provoca a catástrofe só para ver o que acontece. Um personagem que transita entre a comédia e o apocalipse, lembrando que nem sempre o caos é inimigo: às vezes é o empurrão que quebra estruturas velhas e obriga o mundo a se reinventar.
Talvez seja por isso que ele fascina tanto até hoje — dos poemas antigos à Marvel. Loki é instável, imprevisível e humano demais. Ele é a personificação de nossas falhas: do impulso que atrapalha, da mentira contada sem pensar, da piada fora de hora, do erro que vira avalanche. Um lembrete de que não somos feitos para ser perfeitos, mas para oscilar — e, mesmo assim, seguir.
✨ Epígrafe:
“O caos não pede desculpas. Ele só sorri — e segue em frente.”