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terça-feira, setembro 30, 2025

🥕 Coelhos, Cenouras e o Mito das Cores: A Tradição Que Nasceu Ontem

 "Não confunda convenção com biologia. A maioria das 'regras' da vida foi escrita por um coelho de desenho animado."

A Culpa é de Clark Gable

Existe uma verdade que incomoda: coelhos não nasceram amando cenouras. Eles, na verdade, têm um sistema digestivo que não lida muito bem com açúcares em excesso.

De onde, então, saiu esse mito universal? De um filme de Hollywood dos anos 30: "Aconteceu Naquela Noite" (1934). O ator Clark Gable aparece em uma cena mastigando uma cenoura com aquele ar de galã despreocupado. Anos depois, o personagem Pernalonga copiou o gesto, o desenho virou mania, e de repente, todo coelho do planeta foi condenado a aparecer com uma cenoura na pata.

Biologia? Zero. Cultura pop e marketing? Cem por cento.

O Gênero da Moda é Fluido (e Recente)

Algo parecido — e muito mais sério — aconteceu com as cores de gênero.

Se voltarmos pouco mais de cem anos, a moda era o inverso: rosa era cor de menino. Era vibrante, próxima do vermelho, considerada forte, quase uma versão "suave" do sangue. Azul era de menina, delicado, associado à Virgem Maria.

Então, a moda trocou de lado, o comércio reforçou a nova divisão para vender conjuntos de roupas distintos, e pronto: a convenção virou "tradição". Hoje, quem ousa contestar a divisão rosa/menina e azul/menino parece estar lutando contra a ordem natural do universo.

A Ferida: Discutindo Biologia com Desenho Animado

E aí está o detalhe incômodo, a ferida que você queria tocar: muita "tradição" que hoje tratamos como "sempre foi assim" não passa de uma convenção improvável que deu certo tempo demais, reforçada pela indústria, pela mídia ou por um coelho de cartoon.

No fundo, defender que coelho gosta de cenoura ou que existe roupa "de menino" e "de menina" dá na mesma: é discutir biologia e natureza a partir de uma cena de filme ou de um desenho animado.

A lição é simples: antes de brigar pela "tradição", pergunte quem a inventou. Às vezes, o maior inimigo da nossa liberdade é a costumeira burrice do status quo.

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