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Tentando tapar os buracos na minha cabeça...
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sexta-feira, outubro 03, 2025

🐦 O Corvo, o Mistério e a Rolinha Que Me Deu Medo ao Meio-Dia

 "Nem todo animal misterioso canta à noite. Alguns só precisam de um eco certo ao meio-dia.”

O Presságio com Penas

O Corvo não é só um pássaro. É uma entidade. É um presságio, um poema gótico com penas. Na cultura ocidental, ele já foi mensageiro dos deuses, símbolo de morte e, claro, o protagonista eterno de O Corvo, de Edgar Allan Poe — onde virou sinônimo de luto, loucura e repetição.

No Brasil, não temos corvos na natureza para nos dar esse susto poético. Mas o nosso panteão de bichos misteriosos é igualmente inquietante. Temos urutaus (o pássaro fantasma da noite), corujas (a sabedoria que assombra) e — como acabei de descobrir — rolinhas que emitem sons tão sinistros que fariam um filme de terror repensar a trilha sonora.

O Inquietante Canto do Meio-Dia

O que me assustou recentemente foi esse som abafado do dia. Não era a escuridão da noite a serviço do medo, mas o silêncio opressor do sol.

A gente espera o mistério nas sombras, que a coruja pouse no muro à meia-noite e que o vento uive na janela. Mas o que nos arrepia de verdade é o som inesperado que rasga a normalidade do dia. É a rolinha que, com seu canto grave e cavernoso, parece estar sussurrando um segredo antigo sob um céu azul e inocente.

Por que esses animais nos assustam, mesmo sem querer?

Porque eles quebram a nossa expectativa. O corvo, o urutau, a rolinha... eles nos lembram que há mistérios e linguagens operando logo abaixo da superfície da nossa rotina.

No fim, descobri que o silêncio da noite nem sempre é o mais inquietante. Às vezes, é o canto abafado do dia — aquele que só precisa de um eco certo ao meio-dia — que nos arrepia e nos lembra que a vida é muito mais estranha do que a gente gostaria que fosse.

sábado, setembro 13, 2025

🦩 Olhar Curioso – Por que os flamingos são rosa (e não brancos, como nasceram)?

 
À primeira vista, parece que a natureza decidiu caprichar na paleta de cores: aves elegantes, pernas finas e um rosa que poderia muito bem ser tendência de verão. Mas a verdade é que… os flamingos não nascem rosa.

🐣 Filhotes de flamingo chegam ao mundo brancos ou acinzentados. Nada do glamour tropical. O segredo da cor está no prato.

🍤 Cardápio rosa:
Flamingos se alimentam de algas e pequenos crustáceos ricos em carotenoides — os mesmos pigmentos que dão a cor à cenoura e ao camarão. Com o tempo, essas substâncias vão se acumulando nas penas e na pele, tingindo a ave de rosa.

✨ Resultado: um desfile de tons que vai do salmão claro ao rosa-choque, dependendo da dieta.

📜 Um naturalista do século XIX escreveu:

“Diga-me o que o flamingo come e eu lhe direi a cor que terá.”

(Ok, talvez ele não tenha dito exatamente isso, mas poderia).

🙃 Curiosidade extra: flamingos em cativeiro precisam de suplementos especiais para manter a cor. Sem eles, desbotam e voltam ao cinza discreto — um verdadeiro “flamingo versão preto e branco”.

🎧 O Eremitismo Mental Produtivo (A Arte de Ligar o Botão Fd-$)

  Epígrafe: "O mundo é como uma notificação irritante: você precisa silenciá-lo para conseguir ler o que está escrito dentro de si....