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quinta-feira, outubro 02, 2025

🤖 A Normalidade que Anestesia: Estamos Virando Gente Normótica?

 "Não está doente. Mas também não sente."

A Máquina do "Tudo Funciona"

Vivemos na era dourada da funcionalidade. Tudo funciona. Os aplicativos entregam 📦, os caixas automáticos resolvem a vida financeira, e os fones de ouvido nos mantêm hermeticamente protegidos do mundo. Produzimos, consumimos, pagamos as contas, e a engrenagem social não para de girar.

Mas, e o que acontece por dentro? E o coração? E a empatia?

O risco é que estamos nos tornando adultos "normóticos": socialmente ajustados, produtivos, competentes em seguir regras e otimizar processos... e absolutamente indiferentes ao que realmente importa.

O Normótico e a Desconexão Disfarçada

O termo normótico (cunhado na psicologia) descreve essa condição: a pessoa que é tão obsecada pela normalidade e pela adaptação que acaba perdendo a própria capacidade de sentir e de se conectar.

Ele não está clinicamente doente, mas também não sente o entusiasmo, a raiva justa ou a dor profunda. Ele opera no piloto automático, seguindo um roteiro silencioso.

A pressa é o sintoma mais claro dessa anestesia. É a pressa que sufoca a escuta ativa (aquela de verdade), que nos impede de olhar nos olhos de quem nos atende. É o vício em otimização que nos convence de que o tempo gasto sentindo é um tempo desperdiçado.

Vivemos tanto no automático, tentando cumprir a agenda da normalidade, que mal percebemos quando a nossa alma parou de responder.

A grande ironia é que, para caber na sociedade, a gente precisa se encolher emocionalmente. O custo de ser normal e produtivo é a perda da nossa capacidade de ser humano em toda a complexidade que isso exige. A normalidade se tornou, ironicamente, a nossa maior doença.


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