Lá no fundo da constelação de Carina, escondida mas nem tanto, existe uma fera cósmica chamada Eta Carinae. Uma estrela tão absurda que brilha como se estivesse no modo suicida: instável, inchada, com explosões que fariam qualquer fogos de artifício parecer vela de aniversário.
Os astrônomos já avisaram: ela está no fim da linha. E quando o colapso vier, o espetáculo pode ser tão intenso que será visível durante o dia. Imagine olhar para o céu azul e ver uma estrela morta dando sua última festa — uma despedida cósmica em câmera lenta.
Mas aí vem a parte que faz qualquer ficção científica soar tímida: se estivermos exatamente na rota errada, Eta Carinae pode disparar um raio gama em nossa direção. Um jato invisível, silencioso e letal, capaz de transformar a Terra numa chapa de micro-ondas cósmica. Atmosfera evaporada, vida esterilizada, e nós virando um brócolis requentado na panela do universo.
As chances? Minúsculas. Mas não zero.
E é isso que deixa tudo mais divertido (ou assustador). A verdade é que o universo adora lembrar que estamos jogando num tabuleiro onde ele é o mestre e nós, apenas peças descartáveis.
No fim, Eta Carinae é só mais um lembrete de que até as estrelas mais gigantes também têm prazo de validade — e que algumas preferem sair com estilo.
✨ Epígrafe
“Se a Terra virar pó por causa de um raio gama, ao menos será a morte mais rock’n’roll da história.”