O que você faria nesses oito minutos?
Ligaria para alguém (se fosse possível)?
Pensaria em quem mais importa?
Rezaria?
Ou apenas ficaria em silêncio?
Eu sei o que faria.
Provavelmente me sentaria em um banco qualquer e admiraria o fim.
Porque um dos meus maiores medos não é morrer, mas partir sem ter entendido direito o porquê de tudo. Não perderia tempo amaldiçoando o destino nem tentando buscar explicações sobre a razão de o Sol ter desaparecido. Apenas olharia. Estaria presente.
Tentaria perceber o mundo, sentir a realidade.
Um último respiro consciente.
Mas aqui vai o segredo: é muito improvável que o Sol desapareça antes de nós. O estranho mesmo é que, apesar dessa segurança cósmica, raramente paramos para olhar o mundo como ele é — agora.
A vida nos empurra para frente e para trás, entre passado e futuro, mas o único lugar real sempre foi este: o instante presente.
Então, faça o exercício:
Encontre um lugar tranquilo (o melhor que puder).
Sente-se, deite-se, respire.
Por alguns minutos, esqueça os boletos, os problemas, as comparações.
Apenas esteja. Apenas seja.
E depois, agradeça.
Porque o Sol ainda estará lá.
E você, por mais improvável que seja, também.
✨ Epígrafe:
“Não precisamos esperar o fim do Sol para aprender a estar aqui. O presente já é milagre suficiente.”