Declus

Tentando tapar os buracos na minha cabeça...
Mostrando postagens com marcador segunda-feira. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador segunda-feira. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, setembro 29, 2025

🧠 Reflexo Filosófico — O silêncio do universo e o grito do despertador (Camus e o absurdo acordado)

 "O absurdo nasce do confronto entre o apelo humano e o silêncio irracional do mundo."

Albert Camus

Você quer sentido. O mundo responde com boletos. Você busca justiça. O mundo entrega fila no banco. Você pede uma revelação… e o universo abre um anúncio do AliExpress.

Camus não dizia que o mundo é ruim. Ele dizia que o mundo é indiferente. Enquanto nós, seres humanos, queremos ordem, coerência, propósito — a realidade parece seguir em frente como quem diz: “tô ocupado”.

O absurdo, para Camus, não está nas tragédias ou no caos. Está nesse desencontro: entre o nosso desejo desesperado de sentido e o silêncio ensurdecedor do cosmos. É como ligar pra central de atendimento da existência... e cair numa gravação eterna.

Mas o ponto de Camus não era desanimar. Era libertar.

Ele acreditava que, ao reconhecer esse absurdo, podemos parar de esperar respostas cósmicas e começar a viver com mais presença, intensidade e até leveza.
O absurdo não nos prende — ele nos desafia a criar sentido mesmo onde não há nenhum.

Aceitar o absurdo é acordar na segunda-feira, olhar pro teto e dizer:
"Sim, tudo isso é meio ridículo… mas o café tá bom. E eu vou."

segunda-feira, julho 28, 2025

🧠 Reflexo Filosófico — A Angústia de Kierkegaard e o Café Frio da Segunda-feira

 

"A angústia é a vertigem da liberdade."
Søren Kierkegaard

Segunda-feira. Café morno na caneca, os olhos vidrados no nada e a alma debatendo-se entre levantar da cama ou renunciar à humanidade. É aí que Kierkegaard sussurra no ouvido: “a angústia é a vertigem da liberdade” — e você, ainda de pantufas, sente-se ofendido por um dinamarquês do século XIX.

É que essa tal liberdade, no fundo, nunca foi tão assustadora quanto agora. Temos mil caminhos possíveis, cursos online de tudo, dez aplicativos de paquera e 15 jeitos diferentes de aquecer o mesmo café. E ainda assim, escolher parece doer mais do que não ter opção.

Kierkegaard via a angústia não como um defeito do ser humano moderno, mas como condição existencial inevitável de quem está consciente. A criança no alto da torre sente tanto medo de cair quanto de poder se jogar. A liberdade não é leveza — é abismo.

E veja bem, ele não era pessimista. Ele acreditava que era preciso atravessar a angústia para chegar à fé, ou a algum sentido que não fosse apenas distração. Mas hoje a gente costuma tapar essa vertigem com notificações, café quente e vídeos curtos que duram menos que uma crise existencial.

A pergunta que fica é: será que a angústia vem porque não sabemos o que fazer...
ou porque sabemos demais?

Enquanto isso, o café esfria.
E você decide entre lavar a louça ou procurar uma nova vida no LinkedIn.

🇯🇵 O Soldado Que Lutou Contra o Fim da Guerra (e o Medo de Acreditar na Paz)

  "Nem toda paz é fácil de acreditar. Especialmente depois de tanto tempo na trincheira." A Guerra que Terminou Lá Fora, Mas Não D...