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quarta-feira, outubro 08, 2025

🇯🇵 O Soldado Que Lutou Contra o Fim da Guerra (e o Medo de Acreditar na Paz)

 
"Nem toda paz é fácil de acreditar. Especialmente depois de tanto tempo na trincheira."

A Guerra que Terminou Lá Fora, Mas Não Dentro

A Segunda Guerra Mundial terminou em 1945. Mas para o tenente do Exército Imperial Japonês, Hiroo Onoda, ela continuou por mais quase 30 anos.

Isolado nas profundezas das florestas de Lubang, nas Filipinas, ele e seus homens se recusaram a acreditar que o conflito tinha acabado. Panfletos de rendição jogados de aviões? Propaganda inimiga. Jornais? Notícias falsas. Tentativas de contato da família? Truques para capturá-lo.

Onoda só se rendeu em 1974, quando seu antigo comandante (já aposentado e viajando o mundo) foi trazido à selva para, finalmente, revogar a ordem que ele havia recebido décadas antes: "não confie, não se entregue, continue lutando".

O Efeito Colateral da Ordem Perfeita

A história de Onoda não é sobre teimosia pura. É sobre o efeito colateral de uma obediência cega e de um medo brutal:

  • Não era burrice — era a rigidez de um código de honra.

  • Não era cegueira — era o pânico de ser traído pela crença na paz.

  • Não era tolice — era o resultado de uma ordem que dizia que só a voz que ele conhecia podia declarar o fim.

A Metáfora da Nossa Própria Trincheira

O Soldado Onoda é uma metáfora poderosa para a guerra que termina lá fora, mas continua dentro da gente.

Quantas vezes carregamos traumas e lutas antigas porque não nos permitimos acreditar que já é seguro parar de lutar?

Nós ficamos escondidos na "floresta" do nosso medo, rechaçando qualquer evidência de melhora ou de que o mundo mudou. O que nos prende não é a situação externa (a guerra já acabou, o trauma já passou, o prazo já se foi), mas a crença interna de que a ameaça é constante e de que a única forma de sobreviver é manter a arma apontada.

O mais difícil, depois do conflito, não é baixar a arma. É acreditar que já é seguro fazer isso e que a voz que precisa dar a ordem de paz é, finalmente, a sua.

Liberdade, às vezes, é só a coragem de assumir que a guerra terminou.

segunda-feira, julho 28, 2025

📌 Post Extra — O Coreano Que Lutou Por Todo Mundo (Literalmente)

 
Dizem que na Segunda Guerra houve um coreano que serviu a três exércitos diferentes — e nenhum por vontade própria.

Capturado pelos japoneses, depois pelos soviéticos, depois pelos nazistas, e por fim pelos americanos, Yang Kyoungjong virou quase um Forrest Gump da guerra moderna.
Historiadores ainda discordam se ele realmente existiu ou se virou lenda com o tempo.
Mas, sinceramente, quem precisa de confirmação quando a metáfora é tão poderosa?


A vida como fronteira

Se for verdade, Yang Kyoungjong atravessou fronteiras, idiomas e ideologias sem escolher nada disso.
Foi jogado de um lado para o outro por uma história maior do que ele.
Não lutava por um ideal, mas por sobrevivência — algo que soa menos heroico... mas muito mais humano.


Metáfora de um século

Se for lenda, ela também diz muito sobre nós:
quantas vezes somos empurrados para guerras que não são nossas?
Não necessariamente bélicas, mas emocionais, profissionais, familiares.
Mudam-se os uniformes: crachás, hashtags, opiniões políticas — e seguimos tentando não morrer por dentro.


Sobreviver também é ato de resistência

Às vezes, não lutar é impossível.
Mas sobreviver pode ser a forma mais silenciosa de resistência.
Como disse um historiador certa vez: “Nem todo soldado é um combatente. Muitos são só sobreviventes em campo inimigo.”


Epígrafe:

“Não importa o uniforme: alguns só querem voltar pra casa.”

🇯🇵 O Soldado Que Lutou Contra o Fim da Guerra (e o Medo de Acreditar na Paz)

  "Nem toda paz é fácil de acreditar. Especialmente depois de tanto tempo na trincheira." A Guerra que Terminou Lá Fora, Mas Não D...