tudo ruiu.
As cidades viraram poeira.
A internet é só um mito antigo.
E, entre escombros, uma única estante sobreviveu.
Em meio a cinzas e silêncios,
um único livro permanece intacto.
📎 Qual deveria ser?
🪶 A pergunta não é só literária — é existencial
Porque escolher um livro é, nesse contexto, escolher o que deve continuar.
O que merece ser lembrado.
O que ainda pode ensinar, consolar, provocar, salvar.
📎 Seria um tratado filosófico?
Um romance?
Um livro sagrado?
Uma enciclopédia?
Uma fábula?
Ou simplesmente… um caderno em branco?
🔥 Alexandria arde de novo — sempre
A Biblioteca de Alexandria, com seus milhares de manuscritos,
foi um sonho de universalidade e, ao mesmo tempo,
uma lembrança permanente da fragilidade do saber.
Quando ela queimou (várias vezes, diga-se),
o mundo perdeu histórias que nunca mais seriam reescritas.
📎 Hoje, sua herdeira moderna — a Bibliotheca Alexandrina — tenta recuperar esse espírito,
mas vive sob a sombra do que foi perdido.
📚 Salvar um livro é salvar um pedaço da humanidade
Porque livros são mais que papel.
São registros de pensamento, emoção, erro, fé.
São espelhos e lanternas.
E mesmo quando o mundo desaba,
a leitura resiste como abrigo.
📎 Há quem leia pra esquecer.
Mas há quem leia pra lembrar quem é.
🌍 Qual livro você deixaria como legado?
📎 O Pequeno Príncipe, talvez, pela ternura universal.
📎 1984, como alerta.
📎 Dom Quixote, pelo sonho impossível.
📎 A República, como proposta.
📎 Um livro de receitas, como sobrevivência prática e afetiva.
Ou ainda:
📎 Construção, em forma de letra e partitura, pra lembrar que até na ruína se canta.
🧩 E se o livro fosse lido por alguém do futuro — ou de outro planeta?
O que esse único volume diria sobre nós?
Sobre nosso amor, nossa dor, nossa arrogância?
Sobre o que valorizamos… e o que esquecemos?
📎 Talvez ele não dissesse tudo.
Mas deixaria uma trilha de sentido.
Um fio de Ariadne entre os escombros.
🖋️ E se o livro fosse o seu?
E se, em vez de escolher um volume pronto,
você deixasse um caderno com a sua escrita?
Com memórias.
Receios.
Observações.
Metáforas.
Um mapa da sua humanidade.
📎 Porque no fim, todo leitor também é autor —
e todo livro, no fundo, é uma tentativa de conversa.
📎 Mesmo que o mundo desabe,
mesmo que a tinta acabe,
mesmo que a estante tombe —
enquanto houver um livro,
há fôlego.
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