uma única.
Com tinta suficiente para uma página — talvez duas.
Nada mais.
O que você escreveria?
📎 Uma confissão?
Uma carta?
Uma piada?
Ou talvez… nada.
Porque, diante do fim, as palavras também tremem.
📜 O gesto de escrever como resistência
Escrever à mão já é, hoje, quase um ato de nostalgia.
Com celulares, comandos de voz, notificações que completam frases por nós,
a caneta virou símbolo de outra época.
📎 Mas talvez por isso ela tenha ganhado mais peso simbólico.
Escrever com ela é mais lento, mais deliberado —
mais íntimo.
E se restasse só uma, essa intimidade viraria testamento.
🧠 O que vale a pena ser dito antes que a tinta acabe?
Essa pergunta é quase uma metáfora para a vida.
Cada dia é uma gota de tinta.
Cada escolha, uma frase que preenche a página.
📎 E a maioria de nós escreve muito…
sem sempre dizer algo.
Ou então, guarda tudo pra depois —
e quando percebe, o cartucho secou.
💌 Escrever para quem?
Talvez você escrevesse pra alguém que já foi.
Ou pra alguém que ainda vai vir.
Ou escrevesse pra você mesmo —
pra lembrar que, mesmo no fim do mundo, ainda havia pensamento.
Ainda havia forma de dizer:
“Estive aqui. E senti tudo.”
🗃️ Memória como tinta invisível
A última caneta do mundo não precisaria escrever uma obra-prima.
Bastaria registrar o que ainda pulsa.
O que ainda importa quando tudo desaba.
📎 “Ainda amo.”
“Desculpa.”
“Foi bonito.”
“Não sei o que escrever, mas precisava escrever alguma coisa.”
📦 Deixar algo — mesmo que ninguém leia
Essa é a essência do humano.
Escrever em cavernas.
Pintar em paredes.
Rabiscar nomes em árvores.
Gravar iniciais em bancos de praça.
💡 Deixar rastro.
Mesmo sem garantia de leitura.
📎 A última caneta é o símbolo da última tentativa.
De contar.
De lembrar.
De ser lembrado.
📎 E se o mundo fosse silencioso, mas encontrassem sua folha…
O que ela diria sobre você?
Que você foi forte?
Confuso?
Apaixonado por palavras?
Desesperado por sentido?
Ou apenas alguém que, até o fim, acreditou que escrever era um jeito de continuar.
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