Declus

Tentando tapar os buracos na minha cabeça...

segunda-feira, agosto 11, 2025

Por que a humanidade inventou o fim do mundo?

 

Desde que contamos histórias, contamos também sobre o fim delas.

Do apocalipse bíblico às previsões de TikTok, do calendário maia ao meteorito que (supostamente) vem nos visitar, parece que a humanidade tem um caso de amor com o colapso.
Não é só medo — é fascínio.
📎 Afinal, por que tanta gente gosta de imaginar como tudo pode acabar?


📜 Os primeiros “fins”

Os antigos já temiam a fúria divina.
Os vikings falavam do Ragnarök, um fim sangrento seguido por um mundo renovado.
Os hindus descrevem ciclos de destruição e renascimento.
📎 Mesmo as civilizações que viam o tempo como algo circular criaram um ponto de quebra, como se precisassem de uma catarse cósmica para começar de novo.


📺 Do cinema às redes sociais

Hoje, nossa imaginação de fim do mundo ganhou novas plataformas:

  • Zumbis invadindo cidades.

  • Meteoros “confirmados” (só que não).

  • Vídeos curtos prevendo catástrofes ambientais, tecnológicas ou sociais.

E, curiosamente, faz sucesso.
📎 Talvez porque o fim do mundo seja um grande exercício de “e se?”.
O que faríamos? Quem salvaríamos? O que realmente importa?


🧠 Medo, controle e esperança

Psicólogos sugerem que imaginar o fim ajuda a lidar com a ansiedade do presente.
Se tudo acabar, pelo menos teremos uma explicação.
E se houver sobrevivência, um recomeço limpo, sem boletos acumulados nem reuniões no calendário.

📎 O apocalipse, no fundo, tem uma estranha dose de esperança: se o mundo acaba, podemos começar de novo.


📖 E se o fim não for o fim?

Talvez a humanidade tenha inventado o fim do mundo para lembrar de uma coisa simples:
nada é garantido, mas quase tudo pode ser reconstruído.
E, enquanto houver alguém para contar uma história — seja num pergaminho antigo ou num vídeo vertical de 15 segundos — sempre haverá um próximo capítulo.


Fim do mundo ou início de outra história?
Talvez a pergunta real seja: qual história você quer começar depois que tudo acabar?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

📌 Post Extra — O Dragão na Garagem e o Olho do Ceará

  Meu pai, que saiu do Ceará aos 18 e hoje já passou dos 70, gosta de contar histórias do sertão. Uma delas reapareceu na sala esses dias, ...