Epígrafe: "Alguns de nós não vieram para dominar reinos — vieram só para continuar, um dia de cada vez."
A Jornada de Loki e a Virada do Destino
Uma das melhores séries do universo Marvel é, sem dúvida, Loki.
Não só pela estética ou pelo humor, mas por uma coisa que me pegou desde o início: a busca incessante do protagonista por um propósito glorioso.
No começo, ele quer dominar Asgard, o mundo, o tempo, a própria existência — um objetivo de ego gigantesco. Mas ao longo da série — e aqui vai o SPOILER — ele descobre que seu verdadeiro propósito glorioso é bem diferente: se sacrificar para proteger todas as realidades possíveis, garantindo a existência de tudo que é.
É uma das viradas mais belas que já vi numa obra de ficção.
Porque, no fundo, é sobre isso que a gente vive tentando entender: por que continuar? Qual é o sentido de tudo isso? E, sim, eu sei. É "só uma série". Mas às vezes a ficção acerta mais fundo que qualquer manual de autoajuda.
A Teimosia do Próximo Capítulo
Vira e mexe, alguém vem falar comigo sobre desistir. Não sei por quê. Talvez eu pareça confiável, ou talvez seja só porque eu não finjo que tenho as respostas.
A verdade é que eu também já pensei nisso — várias vezes. Mas fiquei.
Porque, no fim, o que me mantém não é um propósito grandioso e iluminado. É só a vontade teimosa de entender o próximo capítulo.
O mundo não nos valoriza. Na maior parte do tempo, ele nem percebe que existimos. Mas, de vez em quando, alguém cruza o seu caminho, manda uma mensagem, pergunta se você está bem — e, por um instante, você percebe que estar aqui ainda importa.
O Propósito Descomplicado
Não sou coach, nem otimista profissional. Sou só alguém que acredita que andar mais um pouco é sempre melhor que parar. Mesmo que o passo seguinte não tenha destino certo.
Se você ainda não encontrou o seu "caminho" ou o seu propósito de vida, tudo bem.
Talvez ele nem exista como uma estrada pronta e sinalizada. Talvez o propósito glorioso real seja simplesmente não desistir de procurar. Porque às vezes, só estar vivo, presente, e disposto a ouvir alguém, já é o suficiente para manter um pequeno e essencial pedaço do mundo funcionando.
Eu continuo por isso. Por mim, pelos que vieram antes, e pelos que ainda precisam de alguém que apenas ouça e permaneça.
Viver vale a pena. E já que estou aqui, vou ficar até o final.
Não sairei por conta própria. Se quiserem, que me tirem do palco.

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