Defenestrite aguda (ou: como jogar política pela janela)
Hoje, enquanto fazia piada com minhas irmãs sobre a Rússia enfrentar, há alguns anos, uma curiosa "pandemia de defenestrite", fui lembrar do ótimo texto do Luis Fernando Veríssimo — Defenestração. (Aliás, se nunca leu, vale a pena: o humor dele é tão leve quanto afiado.)
A brincadeira me levou a buscar mais sobre o termo e acabei reencontrando o quadro “A Defenestração”, do pintor tcheco Václav Brožík, que retrata a Segunda Defenestração de Praga. Curioso como um nome tão rebuscado esconde um ato tão direto: jogar alguém pela janela.
Resumo das defenestrações de Praga:
- 1419 – Radicais hussitas lançam sete membros do conselho pela janela da prefeitura. Início das Guerras Hussitas, com uso inédito de armas de fogo.
- 1618 – Protestantes jogam católicos da janela do castelo. Ato simbólico que inicia a Guerra dos Trinta Anos.
- 1948 – Jan Masaryk, político tchecoslovaco, aparece morto sob a janela. Oficialmente suicídio; popularmente, assassinato político.
Ou seja: se os russos andam jogando gente pela janela, estão apenas mantendo viva uma tradição do Leste Europeu... 😬
Mas parei por aqui, pra não acabar me defenestrando!
Porque, no fim das contas, a gente sempre tem mais alguma coisa pra aprender — nem que seja pra lembrar de fechar a janela... 😄
📝 Post escrito em um raro momento de ócio produtivo. Se gostou, feche a aba — ou compartilhe com alguém que vive de janela aberta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário