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terça-feira, junho 03, 2025

Divórcio

 👀 "Divórcio unilateral em cartório"? Mas o divórcio já não é sempre unilateral?

Outro dia topei com uma manchete sobre a proposta de reforma do Código Civil que prevê divórcio unilateral feito diretamente no cartório.

A primeira coisa que pensei foi:
🔹 Mas o divórcio já não é um direito potestativo?

💡 Ou seja: um direito que não depende da vontade do outro cônjuge. Basta que um queira, e pronto.

E sim — isso já é verdade há anos!
Desde a Emenda Constitucional nº 66/2010, o divórcio pode ser pedido a qualquer momento, sem exigência de tempo de casamento ou consentimento mútuo.


📌 O que essa nova proposta muda então?

Hoje em dia, o divórcio extrajudicial (em cartório) só é possível se:

✔️ houver consenso entre as partes
✔️ não houver filhos menores ou incapazes
✔️ ambos estiverem presentes com advogado

Se uma das partes não quiser assinar, não tem conversa — tem que ir para a justiça.


🆕 E a proposta de reforma?

Ela quer permitir algo inédito:
➡ Que um dos cônjuges, sozinho, possa comparecer ao cartório e declarar o fim do casamento, mesmo sem o outro concordar.

Sem briga, sem consentimento mútuo.
Apenas uma declaração formal — e o casamento acaba.


🔎 E por que chamar isso de "divórcio unilateral"?

Pode parecer redundante para quem estuda Direito, já que todo divórcio é unilateral por natureza.

Mas o termo faz sentido para destacar que, agora, até na via administrativa (cartório), a vontade de um só basta.


🧠 Um avanço em termos de liberdade e autonomia pessoal.
Mas que também nos convida a pensar:
Como equilibrar agilidade e segurança jurídica?
E como lidar com os afetos, num país onde o casamento ainda é carregado de rituais, tabus e expectativas?


⚖️ O assunto é técnico, mas o impacto é bem humano.

E você?
Já tinha ouvido falar dessa proposta?

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