Ele só estava no lugar errado, quando o mundo resolveu mudar rápido demais.
Esse pássaro pacífico vivia em Maurício, sem predadores, sem necessidade de voar, sem pressa. Era a tradução viva de um ecossistema equilibrado — até que chegaram os humanos. Com eles, vieram cães, ratos, gatos e a lógica da exploração. Em menos de um século após sua “descoberta”, o Dodô já não existia mais.
E ainda assim, ficou a fama injusta: “burro como um dodô”. Como se fosse culpa dele não ter nascido com manual de sobrevivência contra fuzis, armadilhas e animais invasores. Não foi. O Dodô não falhou — o ambiente ao redor é que não teve a menor empatia.
A história desse pássaro é menos sobre evolução falha e mais sobre como mudanças rápidas demais podem atropelar até os mais preparados… se eles não tiverem tempo de se adaptar. E talvez esteja aí o alerta: não rir do Dodô, mas aprender com ele. Porque, às vezes, o maior risco não é ser inadequado, mas ser lembrado só depois de desaparecer.
✨ Epígrafe:
“O Dodô não morreu de burrice. Morreu de pressa alheia.”
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