“Nem tudo que desafia a física é impossível — às vezes é só amor disfarçado de gravidade.”
Os físicos dizem que, depois do horizonte de eventos, tudo fica perdido. A informação cai, mas nunca volta. Nem mesmo as leis da Física — aquelas que juramos imutáveis — parecem se aplicar ali. É o ponto em que tudo e nada podem acontecer, inclusive ao mesmo tempo. (Alô, Mecânica Quântica 👋).
E é inevitável lembrar do final de Interestelar. Aquela cena que divide opiniões: emocionante para uns, um Deus ex Machina para outros. Mas ali estava Cooper, sustentado por uma promessa — “Porque meu pai me prometeu que voltaria.”
Se dentro de um buraco negro não há regras, por que não imaginar que poderia existir uma estrutura quadridimensional — talvez criada por uma civilização avançadíssima (nós mesmos no futuro?) — com a forma de uma biblioteca infinita, onde cada um pudesse percorrer as prateleiras da própria vida e mexer nas linhas do tempo?
Talvez aqui fora só consigamos calcular probabilidades. Mas lá dentro, no espaço do inexplicável, o que sobra é o imponderável.
E nesse caso, foi o amor pela Murph que atravessou dimensões e salvou a humanidade.
Mesmo que a ciência tente reduzir o amor a reações químicas, ele continua escapando das fórmulas. Talvez, no fim, seja ele a única força capaz de dobrar o tempo, o espaço e, quem sabe, salvar o dia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário