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quarta-feira, setembro 03, 2025

Ragnarök, o Apocalipse em Modo Espera

 Na mitologia nórdica, Ragnarök é o fim de tudo: deuses enfrentam monstros, o céu e a terra desabam, e até Thor e Odin morrem. O mundo afunda, mas — e aqui está o detalhe curioso — depois algo novo nasce. É um apocalipse com cena pós-crédito.

Talvez seja por isso que esse mito fascine tanto até hoje. Não é só destruição: é a promessa de que até o fim pode ser um recomeço. E a gente adora finais grandiosos — dos filmes-catástrofe de Hollywood até os memes de “fim do mundo marcado pra sexta-feira”.

A cultura pop reciclou isso de mil formas. O jogo Ragnarok Online, por exemplo, se passa justamente nos mil anos de paz que antecedem o fim. Resultado? Milhares de jogadores reunidos na praça virtual, caçando monstros ou tomando sol digital como se estivessem, ironicamente, procrastinando até o fim do mundo chegar.

No fundo, talvez essa seja a maior lição do mito: o apocalipse não é só medo, é também expectativa. Vivemos como se o “fim” fosse sempre uma data adiada, esperando por nós em algum horizonte. Enquanto ele não chega, seguimos ocupados com picolés, séries, deadlines e promessas de segunda-feira.

✨ Epígrafe:
“Entre o fim e o recomeço, a humanidade sempre arruma tempo para mais um episódio.”


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